Atualmente, formação de professores e o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nas aulas de matemática são temáticas abordadas em diferentes pesquisas em Educação Matemática. No entanto, embora muitas dessas pesquisas vinculem esses temas, é tímida a abordagem da formação do professor de matemática que atua, atuará ou deseja atuar em ambientes de Educação a Distância (EaD) online, os quais requerem que o uso de TIC pelos sujeitos seja simbiótico. Dessa forma, entendemos ser fundamental o estudo sobre como o professor de matemática percebe-se ou percebe o outro, ou “um outro” professor de matemática nesse ambiente educacional/tecnológico. Ou seja, vislumbramos o entendimento sobre como pode se configurar atualmente a identidade professor de matemática online e, na vertente Merleau-Pontiana, o que isso pode contribuir para o planejamento de cursos a distância de formação de professores de matemática. Nesse artigo, então, destacaremos que a percepção do outrem se dá a partir do “ser em si” e “do ser para si” de forma a considerarmos uma análise que toma em consideração os aspectos da vivência do próprio professor e dos demais professores no processo que definimos como Cyberformação[1], contribuindo, a nosso ver, para a compreensão do profissional de Educação Matemática que se deseja formar.

[1] Cyberformação designa a formação de professores de matemática que atuarão em ambientes virtuais de aprendizagem de forma a “serem-com”, “pensarem-com” e “saberem-fazer-com” as tecnologias (Rosa, 2010).