Tamanho da fonte: 

Neste trabalho, analisamos práticas de numeramento que se constituem no contexto da educação matemática de escolas que atendem populações campesinas, compreendendo-as como elemento e reflexo das tensões entre os universos Urbano e do Campo. O material empírico foi produzido pela observação de aulas de matemática da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Assentamento 1° de Junho em Tumiritinga (MG), bem como pela participação em outros espaços da vida cotidiana dos sujeitos no assentamento. Os sujeitos deste estudo foram os alunos e as alunas da EJA, a professora de matemática e outros educadores daquela escola. A análise que aqui trazemos destaca o estranhamento do “outro” visto como aquele que habita e se referencia num universo diferente: o sujeito das práticas campesinas que estranha as práticas escolares, referenciadas na cultura urbana; o sujeito das práticas escolares e urbanas que estranha as práticas campesinas.

Educação do Campo, Práticas de numeramento, Educação Matemática, Etnomatemática.