Nesse texto são tecidas considerações a partir de pesquisas e estudos realizados no campo da formação de professores de matemática no Brasil, focalizando o currículo prescrito e o currículo praticado nas escolas da educação básica. Discordando da perspectiva que desconsidera o que ocorre nas escolas no momento das reformulações curriculares, defendemos que a cultura escolar, gerada no interior da escola, deva ser considerada na formação e na atuação de professores. A valorização dos saberes e das práticas pode ser um caminho promissor na construção do conhecimento profissional. Reconhecer a parceira universidade e instituição escolar como espaços de formação docente mostra-se importante no desenvolvimento profissional do professor que ensina matemática. Considerar as práticas e culturas escolares é condição essencial para se pensar em políticas de formação continuada de professores e para que possam ocorrer mudanças no currículo praticado na escola.